Não há nada mais fundamental do que a própria vida. Ela é a
única coisa que podemos ter certeza de partilhar com outro ser humano. Sejam
quais forem as nossas crenças espirituais ou outras diferenças, estamos todos
vivos. O mais importante é que todos acreditam na vida: ela é algo que
possuímos apenas por concessão, e a contragosto admitimos isso, embora essa
seja de fato uma convicção que todos temos. Na essência, a vida é absolutamente
intangível; não se pode vê-la, tocá-la, cheirá-la, ou analisá-la de modo algum.
E, contudo, todos acreditam que o Sol ralará no firmamento amanhã, que as
flores desabrocharam na primavera, que continuaremos a respirar nos próximos
cinco minutos e pelo resto da vida, sem nenhum esforço consciente. Essas coisas
são manifestações da vida. A vida está presente em tudo. Em um grão seco, numa
pedra ou numa árvore morta, não está evidente, não há movimento, fluxo ou
presença aparente; ela está lá na forma simplesmente. Mas em alguma coisa viva
- uma planta ou um ser humano - está manifestada, provocando mutação dinâmica,
movimentando, fluindo, amando.
Os chineses a chamam de Ch’i,
os hindus chamam-na de prana e nós a
denominamos de energia, mas cada um se refere à mesma coisa, à mesma energia
vital que está mantendo todos nós vivos a cada minuto do dia. Só pode haver uma
energia vital, uma Verdade, e essa verdade é a única coisa de que podemos estar
certos de termos em comum.
As essências possuem essa energia vital em cada gota delas.
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